A razão intrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a natureza e os seres humanos.A razão ocidental caracterizada pela sua elaboração dos meios para obtenção dos fins se hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios e não na reflexão objetiva dos fins.
Na medida em que razão se torna instrumental a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação,poder e exploração,sendo sustentada pela ideologia cientificista,que,através da escola e dos meios de cominicação de massa engendra uma mitologia- a Religião da Ciência - contrária ao espírito iluminista e a emancipação da Humanidade.
Embora a expressão razão instrumental tenha sido cunhada por Horkheimer,muitos autores clássicos se preocuparam antes dele,em desvendar as novas bases das sociedades modernas,sobretudo o seu caráter eminentemente mercantil.
Entre eles destaca-se Max Weber o primeiro a relacionar o surgimento da modernidade ao predomínio,em todas as esferas da sociedade,da ação racional com relação a fins- isto é,aquela que ocorre quando o indivíduo orienta sua ação pelos fins, meios e consequências secundárias,ponderando racionalmente tanto os meios em relação as consequências secundárias,como os diferentes fins possíveis entre si (Economia e sociedade).Esta seria,portanto a marca do desencantamento do mundo caracterítico do Aufklarung e dos tempos modernos.
Ainda segundo Weber,embora esse padrão de ação resulte em maior poder e domínio sobre a Natureza também escraviza o Homem,reprimindo a sensibilidade,a afetividade,a emotividade e as demais formas sensíveis de conduta humana,gerando especialistas sem espírito e sensualistas sem coração.
Mais recentemente, também Habermas,ao abordar a Modernidade ,criticou a ação racional com relação a fins a razão instrumental.Todavia ao contrário de Weber,que era pessimista quanto ao futuro da Humanidade,Habermas mantém sua crença no projeto moderno e no crescente desenvolvimento da razão como base para a emancipação humana.
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